terça-feira, 31 de maio de 2011

"O Menestrel", por William Shakespeare????

Um dia desses recebi um email, um texto intitulado, “O Menestrel”, assinado por William Shakespeare...
Puxa! E eu que achava que os Egípcios estavam errados por acreditar na metempsicose! Tenho que aceitar que Shakespeare está reencarnado!... É um asno anencéfalo...
Brincadeiras à parte, quem conhece um trecho que seja da obra do dramaturgo inglês, não cai nessa cilada... O texto em questão é uma versão, de gosto duvidoso, do poema de Verônica Shoffstall, denominado After a While. 
          É claro que não há nada demais em se publicar seus próprios textos, a internet está aí para isso mesmo, é uma democratização positiva, mas tem gente que abusa dessa liberdade... Copia-se um trecho aqui, acrescenta-se uma idéia “criativa” ali, e o Frankesntein literário está pronto. Depois é só jogar na rede e esperar que milhões de peixes desavisados mordam a isca...
Quando escrevemos algo e não estamos ainda totalmente seguros, não convém lançarmos mão de algum “pistolão”, usando um pseudônimo de peso. É claro que isso acaba dando certo, pois mesmo que a fraude fique meio óbvia, sempre se pode contar com os “puxadores” de texto falsificado... Os interneteiros que sempre tocam qualquer coisa em frente, sem checar a fonte; se têm musiquinha e bichinho, tá valendo...
Lembra daquele ditado que diz que filho feio não tem pai? Nesse caso emprega-se com uma pequena modificação: “Filho feio quando tem pai, o tal é falsificado”.
De tanto que são evocados em vão, ouvi dizer que tem escritor desencarnado lotando as sessões mediúnicas na tentativa de ditar o seu manifesto... A obra se chamaria: “Protesto de Além Túmulo...”
Comigo eles podem ficar descansados, pois ao final terei coragem e não me furtarei a assinar esta "obra"...
Frequentemente ouvimos dizer que a internet nos expõe de tal forma que é como se estivéssemos com nossas janelas escancaradas para o mundo. Isso é uma verdade! Então se você é um desses que costuma acompanhar o gado virtual, contribuindo para a proliferação, via email, da "Peste do Escritor Estelionatário", cuidado! Pois, deparar-se com mensagens cujo conteúdo vão do otimismo exagerado ao pessimismo disfarçado de visão profética, com aquele final ameaçador do tipo: “... então se você não quer que isso tudo aconteça, transmita essa mensagem a dez amigos...”, pode ser bastante desagradável... É como querer espiar fora de casa e receber de repente um troço estranho janela à dentro...
Fica aqui uma reflexão: O que será que estamos arremessando, nas “Unprotected Windows” de nossos amigos?... 

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