As flores hoje amanheceram sem vida,
A vida revelou-me o seu rancor.
A dor semeou em meu jardim, planta ferida;
Suspiro derradeiro deu o fruto do amor.
Murchou minha esperança, morreu meu lírio,
E não irá viver, nem renascer tão pouco.
Viver é a arte de entregar-se ao delírio,
Respirar, por vezes se revela um sufoco.
Será que eu não plantei todo carinho?
Será que semeei em terra impura?
Porque o mais forte sempre é o espinho?
Felicidade é fugaz, nunca dura...
As flores se enferrujam com o passar do tempo;
Nem a beleza resiste à oxidação.
As árvores se curvam perante o vento;
A natureza inspira resignação.
Mesmo vendo a vida se perder
E não realizar o sonho que tivemos,
Outro dia é sempre um renascer,
Acredito ainda que podemos...
Ser imortais, seres mortais.
Ser imortais, seres mortais...
Não dá pra viver alimentando o medo;
Fugir é como ainda estar parado.
A vida ensina o seu maior segredo,
Ter consciência do fim, este é o legado.
É vermelha a rosa, bela e murcha;
É branca, é rosa e ela cai...
A beira de um abismo, a vida, e ele puxa...
Se pula, se foge, ao fim, tudo vai...
Pra sempre amarei, até o fim,
Nesta terra, seja céu, ou seja inverno.
Enquanto há vida, eu cultivo este jardim.
Enquanto existo, sei que posso ser eterno.
Sei que um dia voltarei a caminhar,
A primavera sei que vai voltar pra mim.
Então as flores voltarão a perfumar,
E será sempre um recomeço e nunca o fim.
Mesmo vendo a vida se perder
E não realizar o sonho que tivemos,
Outro dia é sempre um renascer,
Acredito ainda que podemos...
Ser imortais, seres mortais.
Ser imortais, seres mortais...
Com esta canção participamos do Festival Canta Varginha em 2000,Luciano, Jackson e eu...
Com esta canção participamos do Festival Canta Varginha em 2000,Luciano, Jackson e eu...
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