Primeira cruzada marcou época de conflitos
religiosos sangrentos
No
século 11, quando a influência muçulmana sobre o Oriente Médio e Jerusalém
começou a aumentar, o papa Urbano 2º reagiu com fúria.
Papa urbano 2º
convoca a primeira cruzada
Em 1071, um exército
cristão já fora derrotado por tropas muçulmanas em Manzikert, no leste da
Anatólia. Mas foram as notícias vindas da Cidade Santa que enfureceram o papa:
segundo os relatos, honrados peregrinos cristãos haviam sido submetidos a
insuportáveis martírios por parte dos pagãos.
O papa Urbano 2º
(cerca de 1035-1099) considerou o Concílio de Clermont, em 1095, um momento
oportuno para convocar uma "peregrinação armada" a Jerusalém. As
palavras do papa foram claras:
Cruzadas eram
sangrentas
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwi4geHSXjwyQ4I6Cq6GJPlYVFTEXKGyBdk7xrMw5xMnOnB4ngowTWAslHAieYxRjII9LAPAeetl73NSKjNV1ag0srinU9sCzr9Q4KE4q2D9qYivDyoOA5C3Y9WQyC4f-WnAcPaSQThXVl/s320/0,,1310829_4,00.jpg)
Massacre em nome do
Senhor
Talvez tenha sido um
exagero. Verídico, com certeza, era o fato de os governantes muçulmanos
cobrarem uma espécie de ingresso para quem quisesse entrar em Jerusalém. Para
os peregrinos cristãos, essa era uma situação insuportável, agravada ainda pela
destruição de santuários, imagens religiosas e monumentos em Jerusalém.
Reverter essa
situação era o que pretendia a primeira cruzada, em 1096, com a participação de
300 mil cavaleiros europeus com perspectivas de obter um espólio compensador. O
papa Urbano 2º reforçou o moral dos guerreiros cristãos para o combate,
prometendo-lhes o perdão de todos os pecados passados e futuros.
Mas isso não pôde
impedir as imensas perdas entre os cavaleiros, que – com a cruz sobre a armadura
– em parte já morriam antes de chegar a Jerusalém. Eles eram continuamente
atacados pelos inimigos, envolvendo-se em lutas com grupos locais.
Os combatentes
cristãos conquistaram Niceia e Antioquia até início de julho de 1098. Após
Beirute, prosseguiram até Jafa e Haifa. Em Edessa, Gottfried von Bouillon (em
torno de 1060-1100) fundou o primeiro "Estado de cruzados". Três anos
após partirem do Ocidente, eles chegaram a Jerusalém.
Em julho de 1099,
começou a batalha pela Cidade Santa, combatida por apenas 21 mil cavaleiros
exaustos, sobreviventes do exército originário. As fortificações foram
destruídas com arietes e catapultas. "É a vontade de Deus!" – com
este grito os cavaleiros invadiram Jerusalém, por fim, provocando um bestial
banho de sangue. Apenas poucos habitantes da cidade sobreviveram.
O massacre foi
estilizado pelos guerreiros de Deus como "purificação" da cidade,
libertada dos infiéis. No final, eles marcharam em procissão para agradecer a
vitória. Esse dia custou a vida de 70 mil pessoas.
Autor: Matthias von
Hellfeld
Revisão: Augusto Valente
Revisão: Augusto Valente
“NAQUELE TEMPO OS INFIÉIS ERAM OS MUÇULMANOS... COMO SEMPRE,
NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE, AS PERSONAGENS SÃO SEMPRE AS MESMAS, MUDANDO APENAS
OS INTÉRPRETES...
FALANDO
NISSO, HOJE EM DIA QUEM SERÁ QUE INTERPRETA A PERSONAGEM, ‘OS FARISEUS’?...”
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